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25/03/2024ㅤ Publicado às 14:39

Foto: Tiago Sousa

Carla Tames é arquiteta e urbanista, coordenadora da Comissão Especial de Política Urbana e Ambiental do Conselho de Arquitetura do Brasil (CPUA / CAU/BR), pesquisadora e artista visual.

 

No dia 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água.  Essa data tem como objetivo central colocar em pauta questões essenciais que envolvem os recursos hídricos e, em nenhum lugar, essa discussão é mais crucial do que na região da Amazônia, onde as águas são fundamentais para a vida das comunidades locais.

 

Às margens dos rios, igarapés e afluentes da Amazônia vivem pessoas cuja sobrevivência depende inteiramente da água. Essas comunidades, muitas vezes isoladas e acessíveis apenas por via fluvial, utilizam a água não apenas como fonte de sustento, mas também como meio de locomoção. Para elas, os rios são estradas, conectando-as com o mundo exterior e permitindo o acesso a serviços essenciais, como saúde e educação.

 

Como arquiteta e urbanista, tenho dedicado parte da minha pesquisa ao estudo das conexões entre cidades por meio das águas, bem como ao desenvolvimento de igarapés urbanos. Essas investigações destacam a importância de entendermos a relação intrínseca entre as comunidades e os recursos hídricos da região amazônica.

 

As comunidades ribeirinhas da Amazônia são exemplos vivos da interdependência entre o homem e a água. Seus modos de vida, tradições e economias estão profundamente entrelaçados com os cursos d’água que atravessam a floresta tropical. A preservação desses ecossistemas aquáticos não é apenas uma questão ambiental, mas também uma questão humanitária.

 

Um exemplo é o estudo “Conexões Rondônia: Relatos Urbanos da Amazônia” da qual coordeno. Dentre as ações de trabalho e pesquisa que estão sendo realizadas: Regularização fundiária; Igarapés urbanos; Conexões cidades pelas águas; Centro educacional ambiental; Hidrovias: Mobilidade fluvial; Infraestrutura das comunidades ribeirinhas do baixo madeira; Selo canteiro

da Paz, em prol das mulheres amazônicas nas obras e Pertencimento: arquitetura ribeirinha.

 

Hoje, 22 de março de 2024, é fundamental reconhecer a importância vital da água para as comunidades da Amazônia e redobrar nossos esforços na proteção e conservação desses preciosos recursos. Devemos trabalhar em conjunto para garantir que as futuras gerações possam continuar a desfrutar das riquezas e da beleza dos rios e igarapés da maior floresta tropical do mundo.

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